ORQUIDOFILIA

Cattleya labiata

A Cattleya labiata, também conhecida como Cattleya labiata var. autumnalis ou simplesmente Cattleya autumnalis, foi descoberta em 1818 por William Swainson, quando de sua expedição cientifica ao Brasil, percorrendo a Amazônia e em vários portos brasileiros, onde realizou pequenas excursões, coletou coleções de conchas, insetos, minerais e plantas. Terminando sua viajem no Rio de Janeiro e retornando para a Europa.

Cattleya labiata

Foi descrita pelo botânico inglês John Lindley em 1821, quando as primeiras flores desabrocharam, visto que elas foram cultivadas desde 1818.

Lindley reconheceu que aquela planta era um gênero distinto do conhecido Epidendrum. Em função desta diferença criou um novo gênero, que chamou de Cattleya em homenagem a William Cattley.

A Cattleya labiata Lindley foi então exposta pela primeira vez pela Sociedade Linneana e considerada pelos orquidófilos como a mais bela orquídea até então conhecida. A mesma permaneceu “desaparecida” até 1889, quando foi “redescoberta” na natureza e reintroduzida em cultivo.

“Redescoberta”

Entre os anos de 1821 e  1890, foram realizadas 30 expedições cientificas ao Brasil a procura da Cattleya labiata (algumas delas especificas na procura da mesma).

Mas entre 1889 e 1890, o Floricultor alemão Erich Bungeroth em sua expedição ao Brasil, casualmente encontrou um grupo de seringueiros no Pará que haviam regressados do Estado de Pernambuco e que revelaram a Bungeroth a existência de “parasitas” com grandes e belas flores roxas nas matas de Pernambuco.

Bungeroth, seguiu para Pernambuco, coletando milhares de exemplares e enviado as mesmas para a Europa, onde foram cultivadas com uma nova espécie, denominada Cattleya Warocqueana.

Também em 1889, Moreau, um orquidófilo de Paris, presenteou alguns amigos com plantas floridas chamadas de Cattleya fetiche.

Sander havia sido informado de tais plantas e viajou para Paris para conhece-las e identificou as mesmas como sendo a legitima Cattleya labiata autumnalis vera.

Vera – nome usado para distinguir a espécie brasileira que floresce predominantemente no outono daquelas da Venezuela que possuem épocas de floração diferente.

Tendo como certeza da origem das plantas de Moreu, Sander envia para o Brasil, mais precisamente para Pernambuco um coletor de orquídeas.

Incalculáveis  quantidades de plantas eram retiradas de nossas matas, tanto por Sander como por Bungeroth, através de seus coletores e são enviadas para a Europa.

As plantas de Sander eram denominadas:

  • Cattleya labiata autumnalis vera ou Cattleya labiata autumnalis.

As plantas de Bungeroth eram denominadas:

  • Cattleya warocqueana.

Essa diferença na identificação da espécie, permaneceu ao longo de um ano, após debates e acusações, as evidências e inquestionáveis provas que apontavam a mesma origem (Pernambuco) de coleta das plantas, mostrou que tratava-se de uma única espécie.

Ou seja a Catteya labiata Lindley.